16/10/2008

Livro de cabeceira

Alguém que te tangente
partirá numa aventura
dentro dessa capa dura
está o Sol em fase carente

Desfolhe com doçura
páginas de tinta recente
minha escrita complacente
com acentos de amargura

Não páres num resumo
nem nas notas de rodapé
no teu livro de maré
sublinhei frases de rumo

Noites brancas com café
dias negros à luz do fumo
tuas linhas foram meu prumo
deixei de escrever sem pé

Vê quem deitas à cabeceira
para te ler nas folhas nuas
se não te conhece as luas
vão dormir a noite inteira

4 comentários:

Maria disse...

Sublime....

Gostei de te ler :-)

Abraço

MarTIC@ disse...

Só mesmo um poeta para nos deliciar com estas palavras. Um verdadeiro mimo! ;)

X@u

Paula Raposo disse...

Está maravilhoso este teu poema!!! Cheio de música e doçura...adorei! Beijos.

Å®t Øf £övë disse...

Pedro,
Sinceramente gostei muito deste teu poema.
Abraço.