Precisamos de mais tempo para apreciar cada momento.
Parar, escutar e olhar falar, gravar e fotografar:
o desenho feito na calçada
a porta de madeira talhada
a varanda vestida de flores
os vasos de todas as cores
a pequena flor amarela
o gato que espreita à janela
a roupa presa com mola
o periquito a cantar na gaiola
o eléctrico que vai lento
os rostos talhados pelo tempo
a idosa que sobe a calçada
o garoto que manda piada
o sem-abrigo deitado
o cartão empilhado
o Mercedes topo de gama
o Fiat sujo de lama
as paredes com grafite
as mãos com artrite
o desabafo confidente
a queixa de quem sente
os cartazes de publicidade
os excessos de velocidade
as tascas de rostos parados
os copos e pratos aviados
as pombas e os pardais
as despedidas no cais
os namorados no jardim
os lagos e peixes sem fim.
Tudo fica diferente:
a cidade, as ruas e a gente
____________
Pedro Arunca
2007/06/25
25/06/2007
07/06/2007
África nela
02/06/2007
Acordar
Caminhar
cego, de luz.
Teu brilho, etéreo
fere e seduz.
Chegar
farto, de dor
Teu corpo, mistério
íman e gerador
Sonhar
tolhido, de amor
Teu coração, distante
gelo e dissabor
Acordar
agitado, de mágoa
Tua imagem, presente
fogo e água
Palavras
quentes, de lume
Tua sombra, fria
lâmina e gume
__________
Pedro Arunca
2007/06/02
cego, de luz.
Teu brilho, etéreo
fere e seduz.
Chegar
farto, de dor
Teu corpo, mistério
íman e gerador
Sonhar
tolhido, de amor
Teu coração, distante
gelo e dissabor
Acordar
agitado, de mágoa
Tua imagem, presente
fogo e água
Palavras
quentes, de lume
Tua sombra, fria
lâmina e gume
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Pedro Arunca
2007/06/02
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