01/06/2008

A terra por cumprir

Homens nunca dantes governados
Soldados em guerras de água e sal
Marinheiros a custo forjados
Carregaram bandeira ocidental
Estranhos mapas revelados
Para muitos a viagem fatal
Novos impérios e desertos de fé
Brilho dourado e aromas de café


Mares de sonhos passados
Agulha louca de barco triste
Destinos para sempre cruzados
Imponente mastro que resiste
Lua furtiva em céu sem estrelas
Assobio do vento nas rotas velas
Ainda jorra sangue das veias
Há mais castelos nas areias


Terra firme de gente insegura
Velho porto de abrigo sem mar
Chama viva que perdura
Outros mundos por desenhar
Amolecer a côdea dura
Num hino por inventar
O horizonte não está perdido
Há futuro no desconhecido
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Pedro Arunca
2008-06-01