21/10/2008

A noite sendo













O dia muda de tom sem que eu nada, por mim, faça

os pássaros apressados em debandada, por cima dos telhados,
levam com eles os restos da cidade e do sol
pouca gente na rua e a que passa diminui
Correm mais os menos carros; os que abrandam e param
juntam-se aos demais a disputar o encosto do passeio;
mais deles, que dos passos
Fecham-se algumas janelas e caem, sobre elas, os estores.
Para fora, assunto encerrado.
Cá dentro, no meu convento, escrita adiada.
A noite devolve-me a dimensão das minhas inquietações...

4 comentários:

Paula Raposo disse...

Gostei de te ler na noite tua...muitos beijos.

Graça Pires disse...

A noite continua a ser o lugar de todas as inquietações...
Um abraço.

Å®t Øf £övë disse...

Pedro,
E a partir de amanhã com a mudança da hora, cada vez mais vai saber melhor fechar os estores e ficar com as palavras no aconchego do lar.
Abraço.

MarTIC@ disse...

"A noite não tem braços
Que te impeçam de partir,
Nas sombras do meu quarto
Há mil sonhos por cumprir..."

Pedro Abrunhosa

Adoro a noite. Pela(s) cor(es). Pelo que me faz sentir. Pelo silêncio. Pelas inquietações...

X@u