16/07/2007

Balanço Sintético

Partiu contra vontade
Sofreu a dor, calado
Não cumpriu a idade
O destino foi apressado

Deixa boas memórias
Nas contas do Razão
Resultados e histórias
Lucros do Coração

Caminhos cruzados
Simpatia natural
Negócios firmados
Com um bom final

De olhos confiantes
Lia nas entrelinhas
Sempre, ouvia antes
Fazia contas certinhas

Rigor e correcção
Pilares da sua vida
Brio e dedicação
Assinatura reconhecida

Num gesto peculiar
Ponderava e resumia
Mão na barba a alisar
Era o balanço do dia

(A um amigo que me abriu portas, que jamais se fecharão, onde se fizeram negócios e se construiram amizades.)

5 comentários:

Alexandra disse...

Belo!
Uma vida em poema...!

Pelo tempo que usa e por algumas palavras, temo que possa ter acontecido o pior...se assim foi, lamento! Sei bem qual o sentimento que acompanha. Se não foi, as minhas desculpas.

Todavia, amigos desses ficam sempre connosco, independentemente de estarem ou não presentes. Vivem dentro de nós!

Bonitas palavras sobre um amigo!!!

ps: Nocturmos de Chopin?! São sublimes, encantadores! Um dos CD's que mais ouço de Mª. J. Pires.

Ana disse...

Muitas vezes, as palavras não chegam para expressar a saudade que fica.

Gostei das tuas.
Bonito.

BIA disse...

Os amigos, a gente guarda no lado esquerdo do peito.
Amigo, pro amigo, é ser sem defeito!
E mesmo que tenha, gosta-se até do defeito!
(Adoro o mar... mas não digas nada ao campo!...)
Sina marafada, divido-me entre Serra, Planicie, Céu e Mar...
Gosto de me demorar por aqui...
Obrigada pela partilha!

Aquele abracinho

BIA

Alexandra disse...

http://www.youtube.com/watch?v=j5he67T21o8

Fique bem!

Paula Raposo disse...

Gostei imenso do título do poema!! Contabilidade...