03/04/2007

Amigos de infância

Hoje lembrei dos tempos de criança.
Recordei muitos amigos de infância.
Com eles brinquei, briguei e estudei.
Amigos de sempre que um dia deixei.

Poucos brinquedos, muito riso e brincadeira.
Improvisar com caricas, latas e madeira.
O peão a rodar na palma da mão.
O prego no chão. O primeiro era campeão.
A bola na rua e no recreio da escola.
A bicicleta, roda vinte e oito, feita num oito.
Os carrinhos de esferas com “aceleras”.
Rolha, chumbo, anzol, 2m de fio e cana do rio.
Os berlindes coloridos, ganhos e perdidos.
Os cromos da bola na caderneta com cola.

Nas férias, os dias eram pequenos.
Na escola, enchiam os cadernos.
Brincar na rua, tinha hora marcada.
Não ouvir chamar e fugir da palmada.

Muitas diabruras, dos livros de aventuras.
Fomos índios e cowboys e fantasmas de lençóis.
À noite os sustos, escondidos nos arbustos.
Tudo nas caminhas, tocavam as campainhas.
Dar aos sapatos. Na frente iam os gatos.

Antes que se apague a lembrança,
Escrevo o que a memória alcança.
Viver e brincar, sempre o fiz e farei.

Os amigos, nunca esquecerei.
_____________
Pedro Arunca
2007/04/03

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais um dia que passou
Nesta vida de ilusão
Onde caminho sózinho
Perdido na multidão.


Um amigo da segunda infância, que longe do Alentejo, é um peixe fora d'água.