04/05/2009

Chuva

Chuva, divina chuva
minha alma lava
meu corpo enxuga
Leva o frio
Traz o vento
Meu arrepio
Teu momento
O céu cumpriu
Ameaça cinzenta
Alguém tingiu
A água benta
Chuva, divina chuva
minha alma lava
meu corpo enxuga
Pelo ralo
Foge a folha
não me calo
Solto a rolha
O rio imundo
no mar rebenta
Esconde o fundo
Maré barrenta
Chuva, divina chuva
minha alma lava
meu corpo enxuga

4 comentários:

jardinsdeLaura disse...

Pedro Arunca,

Gostei muito deste seu poema!
Tem o ritmo batido da chuva, que gera lagos e corre em rios até ao Mar... que enche sem transbordar!

Graça Pires disse...

Poema para ler alto e para cantar.
Poema com água para lavar as mágoas.
Um abraço.

Paula Raposo disse...

Gostava de saber rimar, mas não consigo. Gostei de te ler e de saber que ainda me lês...pese o silêncio a que me votaste! Beijos.

Maria Lua disse...

Belo poema, Pedro...
Um beijo brasileiro
Maria Lua