Pedro Arunca: À beira dum poema

18/12/2008

As mãos secam

se os dedos mirrarem
Expontâneas heras,
bebem de outras mãos

O pinheiro sedento

leva raízes até onde deixarem

O calor, que refaz o corpo

é química sem explicação

Num permeável instante

o momento infiltra-se na pele

e o tempo deixa de contar

O silêncio percorre o gesto

e a palavra divaga no olhar

O rio, as gaivotas e a cidade

pousam no fundo da retina

e pintam um novo tecto

com tintas por inventar

Encontro de versos

numa estrada de afectos

à beira dum poema

Paula Raposo disse...: Belo como sempre! A tua sensibilidade é fantástica. Não só por isso, mas também, gosto de ti! Beijos.; 18 de dezembro de 2008 às 18:34
FERNANDINHA & POEMAS disse...: Querido Pedro, belíssimo como sempre... gostei muito e é como diz a Paula, a tua sensibilidade é enorme... Adorei!
Beijinhos de carinho e ternura,
Fernandinha; 18 de dezembro de 2008 às 22:44
Carla D'elvas disse...: da Lua... sopro-te, um beijo ;); 21 de dezembro de 2008 às 21:32
escarlate.due disse...: "Num permeável instante
o momento infiltra-se na pele
e o tempo deixa de contar"
lindo!!!

Feliz Natal for you, Pedro; 22 de dezembro de 2008 às 00:15
Alexandra disse...: "Encontro de versos
numa estrada de afectos
à beira dum poema"

Como sempre, o belo jogo de palavras impera!!

Passei para desejar um Óptimo Natal!!

Desculpa a ausência...

Bj

Alexandra; 22 de dezembro de 2008 às 00:24
FERNANDINHA & POEMAS disse...: Querido Pedro, votos de BOAS FESTAS, como gostares... Um abraço de carinho,
Fernandinha; 23 de dezembro de 2008 às 15:03
by Maggie 2u disse...: À beira de..crescer.
Bjus; 14 de janeiro de 2009 às 18:45