Pouca gente na estação,
uns chegam outros vão.
Linha oeste, linha norte.
Partir para outra sorte.
A bandeira, já no ar
o homem vai apitar.
Fecham portas sem demoras,
o comboio sai a horas.
Pouca terra, pouca terra…
Sentado à janela,
vê o mundo passar por ela.
No fundo da sacola,
os cadernos da escola.
Geografia na memória
e das aulas de História:
nomes dos rios e das serras,
das batalhas e das guerras.
Pouca terra, pouca terra…
No bolso as economias,
de meses e muitos dias.
Molhos de lenha bem atados,
nas padarias empilhados.
Recados a tostão,
rebuçados, roupas e pão.
No bilhete o destino:
deixar de ser menino.
Pouca terra, pouca terra…
2 comentários:
mt fixe o poema...
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